terça-feira, 25 de julho de 2017

O que é o método Paulo Freire

Antes de "dialogarmos" sobre o livro, vamos falar sobre PAULO FREIRE

Em 02 de Maio de 1997, morre em São Paulo, um dos mais conhecidos educadores brasileiros, Paulo Freire, sua influência e contribuição para a educação brasileira e mundial são inegáveis. Muitas manifestações levaram a faixa de “Basta de Paulo Freire”, pois foi caracterizado como Marxista por acreditar na luta de classes e na oposição entre opressor e oprimido, Paulo Freire criticava a educação baseada na dominação e alienação, para ele a educação precisava proporcionar um pensamento crítico e a construção do conhecimento.

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.”
 Paulo Freire

Para Paulo Freire, essa pratica educativa nunca será aceita para a elite econômica, porque promove a conscientização do povo sobre o seu lugar no mundo e estar no mundo, resultando uma abertura para a realidade. Democracia, participação popular, consciência, liberdade, criticidade são conceitos fundamentais para a pedagogia de Paulo Freire.

E de CARLOS RODRIGUES BRANDÃO

Em plena ditadura no Brasil, muitos educadores se reuniram para aplicarem esse método, e Brandão, escrevia memórias dessas viagens, em 1971, pensou transformar essas memorias em um livro.

Apesar de ser formado em antropologia, ficou também conhecido como um educador popular nesse processo de alfabetização.

O livro, “O que é o método Paulo Freire”, traz um relato sobre a aplicação do método do Paulo Freire de alfabetização de adultos. Segundo o livro, esse método iniciou-se em pequenas cidades do nordeste, onde Paulo Freire conseguiu alfabetizar 300 trabalhadores rurais em apenas 45 dias.

O método tinha a proposta de identificar palavras-chaves do vocabulário dos alunos – as chamadas “palavras geradoras” eram de uso comum e significativo para os integrantes da comunidade. Eram apresentadas as palavras ao lado de suas representações visuais do objeto e o mecanismo da linguagem era estudado depois.
  




RESUMO DO LIVRO
O QUE É O MÉTODO PAULO FREIRE

Brandão inicia seu livro como fosse um diário de viagem, entre São Paulo e o Nordeste do Brasil. O método Paulo Freire, além de ser um método sociolinguístico, levava a educação como uma prática para liberdade.

Devido à ditadura, os participantes dessas viagens, acharam arriscado, publicar esse livro, por apresentar muitas contestações e criticas politicas, por esse motivo em 1974 foi publicado em outros países latinos, e na 16ª edição chegou a Espanha, levando o nome de Paulo Freire. Após 10 anos, Carlos Rodrigues Brandão conseguiu vê-lo publicado no Brasil.

A pequena cidade, Angicos (RN), sustentava-se através de trabalhos do campo, algodão e de esperança. Havia 13 mil habitantes; e uma grande revolução ocorreria. Na época, 75% das pessoas em Angico, morriam entre a pobreza e o analfabetismo. Não tinham capacidade de ler e interpretar o que significava sua maior arma contra essas desigualdades alarmantes, o voto.

Iniciou-se então uma campanha contra o analfabetismo, o problema base do estado. Demoraram, mas perceberam que o maior problema não estava somente na falta de agua e alimento, mas também na falta de conhecimento, e que lendo e escrevendo, o homem poderia vencer não só o analfabetismo, mas também a miséria.

Em 1963, 15 universitários chegaram a Angico, com o intuito de colaborar com um Brasil mais justo, convocaram os alunos, e explicaram a eles que seria possível alfabetiza-los em 40 horas. Sem cartilhas, mas após integrar o grupo, conhecido como “circulo de cultura” (os alunos se juntavam com os alfabetizados para discutirem sobre um determinado assunto, geralmente sobre suas realidades, esse trabalho iniciava-se através da oralidade, sendo a peça chave para a construção coletiva da aprendizagem), conversaram sobre seus problemas, e levantaram as palavras mais utilizadas na região. Instalaram as salas de aulas em casas maiores, levaram cadernos, lápis, lampiões, ânimo e esperança para o povo daquela região.

BETOLA era uma palavra de uso local, que significa “enfeite na rede de dormir”, essa, foi a primeira a ser apresentada ao grupo.

Esse método de alfabetização era direcionado, através de palavras existentes e conhecidas daquela região, com elas outras construções eram realizadas, como por exemplo, as famílias das sílabas (ba, be, bi, bo, bu - ta, te, ti, to, tu - la, le, li, lo, lu), assim, eram projetadas outras palavras, como por exemplo BA+LA= bala. Sendo simples e eficiente para o publico que Paulo Freire destacou.

Quando completava 20 horas, as maiorias dos alunos já conseguiam ler e formar novas palavras. No final, alunos sentiam segurança para escrever e discursar em publico.
Essa experiência foi expandida, aplicando-se em todo o território com o aval e o incentivo do Governo Federal, com expectativa de atender mais de 20 000 círculos de cultura. Educadores preparavam-se para atender um grande numero da população, porém o procedimento foi entendido como um ideal comunista, e a ditadura forçou a extinção do projeto, exilando Paulo Freire por 16 anos. Mesmo assim, o Brasil destacou-se pelo combate do analfabetismo pelo método Paulo Freire, levando o educador a expandir seu nome e seu método mundialmente.

Para Freire, o conhecimento era construído junto com os alunos, através de suas realidades, e com a cartilha imposta, limitava esse conhecimento, isolando os saberes e valores.

A experiência realizada pelo Paulo Freire não foi fácil, mas ele sempre levava o lema “ajustar, inovar, criar”. Tinha como objetivo maior, despertar em cada cidadão uma visão critica e reflexiva, capacitando-os não só para ler e escrever, mas para melhorar a sociedade.


Esse é um livro muito rápido de ser lido, mas requer atenção aos fatos históricos para uma melhor compreensão. Como complemento à esse estudo, pesquise mais sobre Carlos Rodrigues Brandão e envolva-se. 
REFERENCIAS

RODRIGUES BRANDÃO,C.; O que é o método Paulo Freire.Edição: 20ª. Bralisiense, Coleção Primeiros Passos, 1981. 120 p.

Uma observação nessa foto abaixo, embora essa frase seja "assinada" por Paulo Freire , pesquisas afirmam que essa frase chegou em suas mãos através de uma cartão postal escrito por Carlos Rodrigues Brandão. Legal né?



Hoje, Carlos Rodrigues Brandão coordena dois projetos de pesquisa sobre cultura popular e patrimônio cultural nos sertões do norte de Minas e no alto médio São Francisco. (informação retirada do Portal da Unicamp - onde desenvolveu a maior parte de sua vida acadêmica, até a aposentadoria em 1997. Desde então, continua atuando nesta Universidade como professor colaborador, assumindo orientações tanto no Programa de Antropologia como no Doutorado em Ciências Sociais.)



Programas e Políticas Intersetoriais


1 – PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA (PBF)
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério da Educação (MEC), Ministério da Saúde (MS).

 O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 70,00 e R$ 140,00) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 70,00), de acordo com a Lei nº 10.836, de 09/01/2004 e o Decreto nº 5.209, de 17/09/2004. O PBF integra a estratégia FOME ZERO, que tem o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome.

2 – PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO INFANTIL (Peti)
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), Ministério da Educação (MEC), Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), Ministério da Saúde (MS) e Ministério Público do Trabalho (MPT).

 O Peti atua para tentar erradicar todas as formas de trabalho infantil no país. Atende famílias cujas crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos se encontrem em situação de trabalho. Depois de identificadas, essas crianças e/ou adolescentes, bem como suas famílias, passam a fazer parte do Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Os usuários da Bolsa Família têm de frequentar o serviço socioeducativo, ofertado no contra turno escolar, e as ações de trabalho social e de assistência às famílias.

3 – PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
Ministério da Educação (Secad/MEC), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério do Esporte (ME), Ministério da Cultura (MinC), Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

  O Mais Educação é uma das ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) para apoiar as escolas com Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) inferior a 2,9. O programa atua com três focos: ampliar o tempo de permanência dos estudantes na escola, aumentar o espaço utilizado para a educação – com a utilização de ambientes da comunidade e do bairro – e trazer mais atores sociais para dentro das escolas. As escolas devem estar localizadas em capitais ou cidades de regiões metropolitanas com mais de 200 mil habitantes, além de terem aderido ao Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação e de possuírem mais de 100 alunos matriculados, conforme o Censo Educacional de 2007.
 Além de diversas iniciativas do próprio MEC, dialogam com o Mais Educação projetos de outras áreas do governo. Por meio deles, o MEC apresenta os recursos e matérias disponíveis para as escolas. Sua descrição encontra-se no Roteiro Manual Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) 24.04, disponível no site do FNDE.
http://portal.mec.gov.br/programa-mais-educacao

4 – Escola Aberta
Ministério da Educação (MEC), Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e secretarias estaduais e municipais de educação.

 Criada em 2004, o programa busca repensar a instituição escolar como espaço alternativo para o desenvolvimento de atividades de formação, cultura, esporte e lazer para os alunos da educação básica das escolas públicas e suas comunidades nos finais de semana. Abrange 22 estados e atinge, por mês, cerca de dois milhões de pessoas das comunidades escolares em todas as regiões. Estreitar as relações entre escolas e comunidade, contribuir com as consolidações de uma cultura de paz e estreitar as relações entre escola e comunidade são alguns dos objetivos centrais do programa.

5 – Escola que Protege (EQP)
Ministério da Educação (MEC), Ministério da Saúde (MS), Ministério da Cultura (MinC), Ministério do Esporte (ME), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério do Turismo (MT) e Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH).

 O projeto EQP criado em 2004, tem como objetivo prevenir e romper o ciclo da violência contra crianças e adolescentes no Brasil. Pretende-se, portanto, que os profissionais mais capacitados para uma atuação qualificada em situações de violência identificadas ou vivenciadas no ambiente escolar.
  A principal estratégia da ação é o financiamento de projetos de formação continuada de profissionais da educação da rede pública de educação básica, além da produção de materiais didáticos e paradidáticos nos temas do projeto.
 São atendidos nos municípios que incluírem o tema da promoção e a defesa, no contexto escolar, dos direitos de crianças e adolescentes e enfrentamento e prevenção das violências no seu Programa de Ações Articuladas (PAR); apresentem baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ou fazem parte da Matriz Intersetorial de Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Também são contemplados aqueles que participam dos seguintes programas: Mais Educação; Programa de Ações Integradas e Referencias de     Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças no Território Brasileiro (PAIR); e Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).
http://portal.mec.gov.br/projeto-escola-que-protege


6 – Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem)
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), Ministério da Educação (MES), Ministério da Saúde (MS), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do Esporte (ME), Ministério da Cultura (MinC) e da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH).

 O Programa Nacional de Inclusão de Jovens: educação, qualificação e ação comunitária e foi criado para enfrentar as altas taxas de abandono escolar e desemprego juvenil, registradas no Brasil. Unifica seis programas dirigidos à juventude: Agente Jovem, Saberes da Terra, Consórcio Nacional de Juventude, Juventude Cidadã e Escola de Fábrica e se destina aos jovens de 15 a 19 anos com renda mensal de até meio salário mínimo.

http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/323-secretarias-112877938/orgaos-vinculados-82187207/12921-projovem-programa-nacional-de-inclusao-de-jovens-sp-809797558


7 – Programa Brasil Alfabetizado (PBA)
Ministério da Educação (Secad/MEC)

 O MEC realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado, voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos. O PBA é uma porta de acesso à cidadania e o despertar do interesse pela elevação da escolaridade. O Brasil Alfabetização é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a 1.928 municípios que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total, 90% localiza-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos aos alfabetizando. Podem aderir ao programa, por meio das resoluções específicas publicadas no Diário Oficial da União, estados, municípios e o Distrito Federal.

http://portal.mec.gov.br/programa-brasil-alfabetizado

8 – Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE)
 O Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas é uma das ações do Programa Saúde na Escola (PSE) e tem a finalidade de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. A proposta do projeto é realizar ações de progração de saúde sexual e as saúde reprodutiva de adolescentes e jovens, articulando os setores de saúde e de educação. Com isso, espera-se contribuir  para a redução da infecção por HIV/DSTs e dos índices de evasão escolar causados pela gravidez na adolescência (ou juvenil), na população de 10 a 24 anos.

http://portal.mec.gov.br/projeto-saude-e-prevencao-nas-escolas-spe

9 – Programa Saúde na Escola (PSE)
Ministério da Saúde (MS) e Ministério da Educação (MEC)

 O Programa Saúde na Escola tem como objetivo contribuir para a formação integral doos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas no enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. O público beneficiário do PSE são os estudantes da educação básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais simplificada, estudantes da Rede Federal de Educação  Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).


10 – Benefício da Prestação Continuada (BPC) na Escola
 Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Especial (SEESP), Ministério da Saúde (MS) e a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH).
  O BPC no valor de um salário mínimo, é pago mensalmente aos idosos com 65 anos ou mais, que não recebem aposentadoria, e às pessoas com deficiência (incapacitadas para a vida independente e para o trabalho).
 Além da garantia de renda mensal, o BPC criou o Programa BPC na Escola que visa contribuir para a promoção, o acesso e a permanência na escola das crianças e adolescentes, prioritariamente de zero a 18 anos de idade com deficiência e beneficiárias do BPC. De acordo com o censo escolar, 21% dos beneficiários do BPC na Escola, pretende-se reverter este cenário.

http://portal.mec.gov.br/mais-educacao/262-programas-e-acoes-1921564125/programa-de-acompanhamento-e-monitoramento-do-acesso-dos-beneficiarios-1866580789/12291-programa-de-acompanhamento-e-monitoramento-do-acesso-dos-beneficiarios-do-beneficio-de-prestacao-continuada-da-assistencia-social-bpc-na-escola

11 – Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-Conselho)
Ministério da Educação (SEB/MEC)

 O Pró-Conselho foi criado em outubro de 2003 para melhorar a atuação dos conselheiros municipais de educação. O Pró-Conselho incentiva e qualifica a participação da sociedade na tarefa de avaliar, definir e fiscalizar as políticas educacionais e assim garantir a universalização dos direitos básicos da cidadania. Um dos seus principais objetivos é consolidar uma estrutura educacional que garanta a aprendizagem escolar e a participação coletiva na avaliação das ações pedagógicas e administrativas do poder público municipal.

http://portal.mec.gov.br/pro-conselho

12 – Mobilização de Família pela Educação de Qualidade
Ministério da Educação (Assessoria Especial do Ministro da Educação/MEC).

 Segundo o Plano de Mobilização Social pela Educação, o movimento é resultado do chamado MEC à sociedade para um trabalho voluntário de mobilização das famílias e da comunidade pela melhoria da qualidade da educação brasileira. O Plano de Mobilização tem como fundamentos aos direitos humanos, a cidadania, a ética, a solidariedade, a inclusão e a tolerância. O documento orienta as lideranças para que dialoguem sobre a importância da educação e promovam atividades capazes de contribuir para a melhoria do ensino. As famílias estão no centro deste movimento.

13 – Programa Ética e Cidadania
Ministério da Educação (SEB/MEC), Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) e as secretarias estaduais e municipais de educação.

 O Programa Ética e Cidadania – Construindo Valores na Escola e na Sociedade pretende consolidar práticas pedagógicas que conduzam à consagração da liberdade, da convivência social, da solidariedade humana e da promoção e inclusão social .

http://portal.mec.gov.br/proforti/195-secretarias-112877938/seb-educacao-basica-2007048997/13607-programa-etica-e-cidadania

14 – Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares
Ministério da Educação (SEB/MEC)

  O Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, criado em 2004, tem como objetivos: ampliar a participação das comunidades escolar e local na gestão administrativa, financeira e pedagógica das escolas públicas; apoias os conselhos escolares na construção coletiva de um projeto educacional no âmbito da escola, em consonância com o processo de democratização da sociedade; e promover a cultura do monitoramento e avaliação no âmbito das escolas para a garantia da qualidade da educação.
  As famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pelas escolas dos seus filhos. Candidatar-se a uma vaga no conselho escolar é uma boa maneira de acompanhar e auxiliar o trabalho dos gestores escolares. Os conselhos escolares são constituídos por pais, representantes de alunos, professores, funcionários, membros da comunidade e diretores de escola. Cada escola deve estabelecer regras transparentes e democráticas de eleição dos membros do conselho.

http://portal.mec.gov.br/programa-nacional-de-fortalecimento-dos-conselhos-escolares

15 – Secretaria Especial de Direitos Humanos
Programa de enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes

 O Programa de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi criado em 2002 e tem como uma de suas principais ações a mobilização de redes governamentais e da sociedade civil para interromper esta grave violação de direitos. Atua ainda na gestão do Disque Denúncia Nacional, serviço de recebimento e encaminhamento de denúncias de violência contra crianças e adolescentes.

http://www.sdh.gov.br/

16 – A Rede de Proteção Integral e o Papel dos Conselhos
 Para garantir que se efetivassem os direitos constitucionais, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) criou o Sistema de Garantia de Direitos, formado por rede de entes públicos e privados e conselhos que devem agir de forma articulada nas três esferas de poder. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) é o representante junto à espera federativa, os conselhos Estaduais de Direito junto às esperas estadual e distrital e os Conselhos Municipais de Direitos junto à municipal. Integrados aos Conselhos Municipais estão os Conselhos Tutelares. O Conselho Tutelar tem relação direta com as escolas públicas porque é a ele que deve ser endereçada a comunicação (obrigatória) dos casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos; de reiteradas faltas injustificadas ou de evasão escolar; e de elevados níveis de repetência. Ao receber denúncia, o Conselho Tutelar passa a acompanhar o caso e pode encaminha-lo ao Ministério Público.


Links atualizado em 25.04.2017

Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova


Na era Republicana, o Brasil, mantinha suas bases administrativas voltadas para a Teoria Geral da Administração. Foi neste período que as reformas organizacionais aconteceram com mais força nos Estados e também na educação. Junto deste movimento os reformistas da educação (Anísio Teixeira, Lourenço Filho, Fernando de Azevedo e outros) instituíram o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova (1932). 

A renovação educacional no início da Segunda República estava alicerçada nas teorias psicológicas de Lourenço Filho, na contribuição sociológica de Fernando de Azevedo e no pensamento filosófico e político de Anísio Teixeira. (SANDER, 2007, p.28)

Em 1931 acontecia um movimento católico que externava seus conflitos com os escolanovistas pelo ensino religioso. SAVIANI (2007, p.195) retrata esse período como o equilíbrio entre a Pedagogia Tradicional e a Pedagogia Nova datados de 1932 a 1947. Na IV Conferência Nacional de Educação eclodia a ruptura entre “católicos” e “liberais” com a publicação do “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova” (1932)

Nesse contexto o Manifesto tornou-se base política e de modernidade que alicerçaria a educação e a sociedade brasileira até a atualidade. Nos primeiros parágrafos do documento “saltam” do papel a primazia da administração escolar estabelecida como fator fundamental para a solução dos problemas educacionais agravados no regime republicano.

É curioso vislumbrar como, já naquele momento, se pensava na organização de um sistema educacional adequado à estrutura moderna que se construía naquele período no país. Para os escolanovistas era preciso mudar naquele tempo, ou os fracassos se propagariam posteriormente. Medidas imediatistas e à curto prazo não fariam mais sentido, era necessário pensar adiante.

A investigação científica, método muito discutido no Manifesto, eclode como raiz do movimento industrial. Para os pioneiros este método modificaria e renovaria os olhares dos educadores e impulsionaria a evolução necessária à administração dos serviços escolares.

Mais que discussões sobre os esforços para administrar o sistema educacional, o Manifesto apresenta uma reflexão importante sobre o pensamento arcaico que segrega a educação das demais articulações sociais de relevância para o desenvolvimento do país, por exemplo, a economia. De acordo com os educadores integrantes deste movimento:

Era preciso, pois, imprimir uma direcção cada vez mais firme a esse movimento já agora nacional, que arrastou comsigo os educadores de mais destaque, e leval-o a seu ponto culminante com uma noção clara e definida de suas aspirações e suas responsabilidades. Aos que tomaram posição na vanguarda da campanha de renovação educacional, cabia o dever de formular, em documento público e o governo, a posição que conquistaram e vêm mantendo desde o início das hostilidades contra a escola tradicional. (INEP, 1984).

Com a proposta de renovar a escola tradicional, objetivava-se a aplicação da verdadeira função social da escola, pautadas na democracia e na hierarchia das capacidades. O documento enaltece o exercício dos direitos dos cidadãos brasileiros no que se refere à educação, dentre eles podemos destacar: a educação pública, a escola única, a laicidade, gratuidade e obrigatoriedade da educação.

A educação pública é compreendida como responsabilidade do Estado, que conseqüentemente serviria de pano de fundo para as perspectivas de uma escola única. Ou seja, se a educação é para todos, então, as classes populares não beneficiadas pelas escolas privadas, teriam uma escola comum às instituições privadas e assim de forma igualitária. A defesa da laicidade está relacionada à uma luta travada contra o ensino religioso, predominante no Brasil em boa parte das escolas existentes, pelo respeito à personalidade que se forma dentro da escola, longe de confrontos religiosos e desrespeito pela presença ou não de crenças. Segundo o Manifesto, a gratuidade é dependente da obrigatoriedade, pois, o Estado não pode tornar o ensino obrigatório e igual para todos se este não for gratuito e atender a todos os níveis econômicos e sociais presentes na nação.

Para os educadores que levantaram essas questões na falta do espírito philosophico e scientifico, na resolução dos problemas da administração escolar é importante antes de tudo pensar em determinar os fins da educação. O educador, portanto, deve perceber a necessidade de uma cultura múltipla e bem diversa, as alturas e as profundidades da vida humana e da vida social não devem estender-se além do seu raio visual; elle deve ter o conhecimento dos homens e da sociedade em cada uma de suas phases.(INEP, 1984)

De acordo com os pioneiros, o domínio da evolução social permitiria um avanço no poder de organização, ou seja, resolveria o estado em que a educação se encontrava e tornaria o educador mais consciente das capacidades administrativas que deveria desempenhar. Os métodos e técnicas científicas serviriam de base para avaliar a situação e os resultados após sua aplicação. Surgia uma nova política educacional, pautada na formação do profissional da educação e nas influências industriais vigentes na época, como a esperança de mudança no sistema educacional e o emprego efetivo do pensamento científico nas ações da escola.

Onde se tem de procurar a causa principal desse estado antes de inorganização do que de desorganização do aparelho escolar, é na falta, em quase todos os planos e iniciativas, da determinação dos fins da educação (aspecto philosophico e social) e da applicação (aspecto technico) dos methodos scientificos aos problemas da educação. Ou, em poucas palavras, na falta de espitiro philosophico e scientifico, na resolução dos problemas da administração escolar.

Neste documento presenciamos uma crítica à segunda fase republicana. As observações por vezes são tão parecidas com o momento atual, que as “coincidências” chegam a espantar.

Essa pesquisa sobre "O manifesto dos pioneiros" foi realizada juntamente com meu grupo de estudo (Trio: Camila, Isabela e eu) quando estávamos no 3º semestre, graduando em Pedagogia. Espero que essa postagem possa colaborar com seus estudos. Caso queira saber mais, acesse as referencias abaixo:

Referências
SANDER, B. Administração da Educação no Brasil: genealogia do conhecimento. Brasília: Liber Livro, 2007a.

SAVIANI, Dermeval. História das idéias pedagógicas no Brasil. – Campinas, SP: Autores Associados, 2007. – (Coleção memória da educação).


INEP. “Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova”. Revista brasileira de estudos pedagógicos. – v. 1, n. 1 (jul. 1944). – Rio de Janeiro:  Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos, 1944 – Publicação oficial do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.

Currículo na alfabetização


Antes de uma abordagem mais profunda do currículo na alfabetização é imprescindível que falamos o que é o currículo.
O currículo são ações planejadas e organizadas pela escola e é feita em grupos ou individuais dentro ou fora da escola, descreve as habilidades, desempenhos, atitudes e valores que os alunos deverão aprender com a escolaridade, ele inclui o conteúdo utilizado (o programa) os métodos utilizados (estratégias) e outros aspectos com normas e valores, que se relacionem como a forma que a escola está organizada. Com a utilização de novas tecnologias para facilitar o aprendizado das crianças.
Como diz Chartier (2000), “as mudanças nas práticas de ensino, seria as alterações nos conteúdos, a serem ensinados”, podemos citar as transformações do trabalho pedagógico, as diferentes formas de alfabetizar, o ensino da leitura e da escrita com o desenvolvimento em várias áreas socioeconômicas, na organização escolar e na utilização de novos materiais.
As mudanças nas práticas de escolarização, com outras áreas do conhecimento se relacionam a mudanças curriculares, como apontados por Moreira e Silva (1994), o currículo não como conteúdo que é transmitido e absorvido, mas como um veículo a meio de tensões, se produz e reproduz a cultura.
Moreira e Candau (2007) referem-se ao currículo como: “experiências escolares que se desdobram em torno do conhecimento, em meio a relações sociais e que contribuem para a construção das identidades de nossos (as) estudantes”. (pág 18).


 Um pouco da história dos métodos de alfabetização

Em 1980, houve uma discussão sobre as práticas de alfabetização, quais seriam os métodos mais eficazes que envolvia os métodos sintéticos, analíticos e analíticos sintéticos, como ponto de partida no ensino da leitura e da escrita esses métodos se diferenciavam entre si, mas se pareciam em alguns aspectos, todos se baseiam na codificação e na decodificação, das unidades mais fáceis para as mais difíceis.
Partindo da concepção de que os professores transmitiam os conteúdos e os alunos ouviam, colocando-os em posição de “recebedor” de algo já pronto. Eram utilizadas as cartilhas, que eram como livros didáticos, nos métodos analíticos ou sintéticos, a criança deveria ter uma prontidão, que seria o desenvolvimento das habilidades, perspectiva e motoras, que era desenvolvido nos primeiros meses da 1°serie. O trabalho com a linguagem era o desenvolvimento da coordenação motora, visual e auditiva, os exercícios envolvia identificação de traçados e letras, silabas isoladas, nesse contexto a leitura e a escrita eram evitadas.
Na 1° serie (1° ano de ensino fundamental de oito anos), os alunos aprendiam as letras/ fonemas/silabas, por meio de memorização, que possibilitaria ler palavras, pois tinham uma concepção que todos aprendiam igual com a mesma sequência da cartilha, os professores seguiam a risca, garantindo que todos saíssem alfabetizados, os textos eram artificiais e não condiziam com o que os alunos conviviam fora da escola.
Em meados de 1970, o fracasso escolar foi muito discutido, acreditavam que pela democratização do acesso a escola para alunos desfavorecidos socialmente, fosse o motivo pelo fracasso escolar devido à incapacidade desses alunos.
Mudavam-se as cartilhas, mas continuavam com o ensino pautado ao aprendizado do código escrito, sem o uso social da leitura e da escrita, os alunos passavam o tempo todo lendo e escrevendo palavras e textos, com atividades repetitivas e não tinham evolução na aprendizagem, as crianças que acertavam as atividades eram valorizadas, e os que erravam e concluíam o ano sem o domínio do código escrito, só engrossavam as estatísticas, cada vez mais abandonando escolas, sendo excluídos no seu direito de aprendizagem da escrita e leitura, também esses alunos que não aprendiam eram excluídos e colocados em salas com crianças com deficiências. Devido a essas exclusões, a partir de 1980 as temáticas de exclusão e inclusão começaram a ganhar força. A nova constituição de 1988 apresenta em seu art° 205: “A educação como direito de todos”.
Deixando para trás todo o contexto histórico escolar de atender apenas uma parcela da população, direcionando uma sala de aula homogênea, a partir da nova constituição seguiríamos um novo conceito de inclusão, uma escola para todos. A partir de 1990, foram abrangendo leis de inclusão, novas interpretações de desigualdades, bem como o acesso a serviços e bens as camadas mais populares.
Podemos citar um documento que constitui o marco da educação inclusiva, que foi a declaração de Salamanca, durante a conferência de educação especial que afirma, o direito a educação a todos os indivíduos, a igualdade de oportunidade ás pessoas com deficiências e a promoção ao acesso a educação para a maioria das pessoas que apresentem necessidades especiais (NEE), nesse documento reconhecem que as aprendizagens são únicas, cada aluno possui características, habilidades e interesses diferentes.
  
Um novo currículo

Vendo que os alunos não são iguais e que cada um tem suas peculiaridades, por esse motivo Moreira e Candau, afirma que:
“Insistimos, inicialmente na necessidade de uma nova postura, por parte dos professores e dos gestores, no esforço por construir currículos culturalmente orientados. Propomos, a seguir, que rescrevam os conhecimentos escolares, que se evidencie e ancoragem social desses conhecimentos, bem como se transforme a escola e o currículo em espaços de critica cultural, de diálogo e desenvolvimento de pesquisas. Esperamos que nossos princípios possa nortear a escolha de nossos conteúdos, a adoção de novos procedimentos e o estabelecimento de novas relações na escola e na sala de aula”.
Os métodos analíticos e sintéticos foram muito criticados na década de 1980, pois muitas crianças não conseguiam aprender, e acabavam repetindo a 1° serie, foram muito criticados, á luz das teorias do construtivista e interacionista de ensino (em geral), e da língua (em Particular).
No campo de alfabetização Emília Ferreiro e Ana Teberosky, influenciaram para novas práticas de alfabetização, trazendo a psicogênese da língua escrita, mostrando que a escrita não era um código e não seria aprendido a partir de memorização e repetição, elas notaram por meio de pesquisas, na apropriação do sistema de língua escrita alfabética, os alunos precisavam entender como isso funciona. Visando a psicogênese da língua escrita de Emília Ferreiro, mostra a importância de conhecer o nível do desenvolvimento de cada aluno para poder orientar a aprendizagem, e isso era adquirido pelas hipóteses da língua alfabética. A partir dos anos 90, vendo a importância dos usos da escrita e da leitura com atividades significativas, surge um novo conceito de alfabetização: o letramento que é a leitura social, o reconhecimento de letras e figuras, os conhecimentos prévios dos alunos. Desse modo a uma nova concepção do currículo na alfabetização.
“Currículo é uma construção social do conhecimento, pressupondo a sistematização dos meios para que esta construção se efetive; a transmissão dos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, portanto, produção, transmissão e assimilação são processos que compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar, ou seja, o currículo propriamente dito.” (VEIGA, 2002, p.7)
            O resultado desta “nova organização” do currículo, fez com que os projetos políticos pedagógicos desenvolvidos pelas escolas, sofressem mudanças teóricas, fazendo com que o corpo docente de cada instituição tenha maior embasamento teórico para desenvolvê-lo. Atualmente a fundamentação do currículo em cada escola, se da de forma fragmentada e hierárquica, onde primeiramente são ensinados os conteúdos de maior importância e depois os de “menor” importância, levando em consideração o tempo para que todas sejam exploradas da melhor forma.
            A organização do currículo deve ser interdisciplinar assegurando sempre a comunicação entre todas as áreas do conhecimento. Porém muitas vezes em sala de aula são explorados conteúdos cotidianos, aos quais nem sempre são especificados ou inclusos nos planejamentos, esses conteúdos abordados fora do planejamento, levam em consideração o conhecimento de mundo da criança. Portanto esses conteúdos abordados de forma sutil e livre chamam-se: currículo oculto.
            O currículo oculto refere-se à abordagem de conteúdos que tratam de temas transversais, que consideram os conhecimentos prévios que o aluno já trás consigo, visando o desenvolvimento global do aluno. O professor e todo o grupo docente devem estar preparados, para lidar com temas que surgirem através de duvidas e discussões dentro da sala de aula, promovendo então debates e discussões que façam com que os alunos dividam seus conhecimentos e se expressem de uma forma ampla e critica.
 “a abordagem a partir do currículo real e da experiência de vida tem consequências enormes quanto ao papel do professor”, pois, “se ensinamos o ‘que somos’, segundo uma fórmula que convém tanto à educação quanto à sociedade, o primeiro recurso da escola 'seria o grau de cidadania dos professores”.  (PERRENOUD, 2005)

  
Referencias Bibliográficas

Cultura Africana

DANÇAS AFRICANAS
HISTÓRIA E SUAS INFLUÊNCIAS

Sabe-se que desde a invasão dos colonizadores, a partir do século XIV e XV em África, tudo sofreu alterações desde os nomes usados até à própria civilização isto devido à permanência dos colonos desde essa data até aos nossos dias, com a entrada de outras culturas.

SEMBA
Designa-se por “Semba” uma das danças e géneros musicais mais populares de Angola, que surgiu no país durante os anos 50 e 60, começando tradicionalmente com danças de salão urbanas. Há quem defenda que este produto cultural, genuinamente angolano, tenha sido conduzido durante o século XVI, pelos escravos, para se fixar no Brasil e nas Caraíbas.
Etimologicamente, “Semba” significa “umbigada” em quimbundo - língua de Angola, no entanto, tem vários outros significados adjacentes ao mesmo, como: batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe, batucada e partido alto, entre outros, muitos deles convivendo simultaneamente.
Sendo considerado como a língua de Angola, o “Semba” deu origem a vários outros estilos como o samba brasileiro, a kizomba, e até o kuduro. É tocado em praticamente todos os eventos sociais em Angola, desde óbitos, festas, discotecas, e é versátil na forma como pode abordar uma história, uma anedota ou mesmo um lamento.
A dança é caracterizada por movimentos que implicam o encontro do corpo do homem com o da mulher ou, mais precisamente, no choque entre ambos. Dançada a pares, com passadas distintas, o “Semba” depende muito da improvisação dos que o dançam e tem a capacidade de atingir várias gerações.
Em termos musicais, é um estilo que depende do processo complexo de fusão e transposição - sobretudo da guitarra – e de segmentos rítmicos diversos assentes na percussão, o elemento base das culturas africanas.



KABETUBA
É uma dança carnavalesca da região do Bengo, exibida em saracoteios bastante rápidos seguidos de alguns saltos acrobáticos, os bailarinos apresentam-se vestidos de camisolas interior, normalmente brancas, ou de tronco nu de duas Ponda saia feita de lenços de cabeça em estilo retângula fixada por uma Ponda (cinta vermelha ou preta), amarrando um lenço na cabeça e outro no pulso, utilizando também um apito para a marcação da cadência rítmica do "comandante".




REBITA
É um gênero de música e dança de salão angolano que demonstra a vaidade dos cavalheiros e o adorno das damas. Dançada em pares em coreografias coordenadas pelo chefe da roda, executam gestos de generosidades gesticulando a leve cidade das suas damas, marcando o compasso do passo da massemba . O charme dos cavalheiros e a vaidade das damas são notórios; enquanto dança se vai desenvolvendo no salão as trocas de olhares e os sorrisos entre o par são freqüentes. É dançada em marcação de dois tempos, através da melodia da música e o ritmo dos instrumentos.


KAZUKUTA
É a dança por excelência que é de sapateado lento, seguido de oscilações corporais, firmando-se o bailarino, ora no calcanhar, ora na ponta dos pés, apoiando-se sobre uma bengala ou guarda-chuva. Os tocadores usam instrumentos como latas, dikanzas, garrafas, arcos de barril e, para algumas variações rítmicas, a corneta de latão e caixa corneta. Os bailarinos trajam-se de calças listadas e casacas devidamente ornamentadas, representando alguns postos do exército, cobrindo o rosto com uma máscara, representando alguns animais, para melhor caricaturar jocosamente o inimigo (o opressor).



KUDURO
Estilo de música e dança Angolana.
Dança recreativa de exibição individual ou em grupo.
Fusão da música batida, com estilos tipicamente africanos, criados e misturados por jovens Angolanos, entusiastas e impulsionadores do estilo musical, adaptando-se a forma de dançar, soltando a anca para os lados em dois tempos sutilmente, caracterizando o movimento do bailonço duplo.
Da dança Sul-Africana denominado " Xigumbaza ", que significa confusão, que era dançada pelos escravos mineiros, enquanto trabalhavam mudos, e surdos só as vozes das botas se faziam ouvir como um canto de revolta, adaptando-se ao estilo musical Kuduro nasce, o Esquema ou Dança da Família.
Dança da Família por ser dançado geral em grupo exercitando o mesmo passo varias vezes em coreografia coordenada pelos participantes na dança. Dançada normalmente em festas ou em discotecas



Você pode encontrar mais informações sobre essa cultura maravilhosa no site do MEC. http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/34019

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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Filosofia e Educação: elucidações conceituais e articulações - Cipriano Carlos Luckesi


Síntese do Capítulo 1
  
O autor articula a Pedagogia com a Filosofia, sob a ótica educacional, esclarecendo que a educação é exercida conforme conceitos teóricos, e a prática pedagógica esta vinculada a uma concepção filosófica, nos levando a refletir sobre o significado de Filosofia na pratica da vida humana.

Compreendendo que segundo Luckesi, Filosofia é um corpo de conhecimento que envolve o ser humano. Esse conhecimento é construído conforme o tempo, inspirações e buscas do significado do sentido de nossas vidas. É a reflexão do nosso cotidiano, do simples ao complexo, desde a compreensão de nossa existência até o processo de toda nossa vida, oferecendo não só um entendimento, como também uma direção que nos dê sentido para percorrermos com ações coerentes. Segundo Politzer, define a Filosofia “como uma concepção geral do mundo da qual decorre uma forma de agir”.

Todos os seres humanos alfabetizados ou não precisam de esclarecimentos do mundo, e da realidade, sendo uma necessidade natural, não que venha a ser exatamente o chamado “filosofia de vida”, mas que conduzimos nossa vida através de valores, sendo uma reflexão crítica que norteia a vida humana.

A filosofia, portanto, não é somente a interpretação do que já vivemos, mas também a interpretação de nossos objetivos e desejos que estão por vir. É a Filosofia que nos motiva a agir, além de servir como transformação e revolução do nosso ser e da sociedade.
Quando temos o hábito de filosofar (procurar compreender nossa existência e significado ao mundo) temos a tendência espontânea de viver nosso cotidiano assumindo o “sendo comum”.

O autor propõe exercícios dimensionando o ato de filosofar. Em primeiro lugar, devemos entender que vivenciamos valores em todos os aspectos (familiar, profissional, social...), e devemos questionar quais são esses valores, tomando consciência das ações, assim entendendo qual direção que devemos tomar. Obviamente, por sua complexidade não teremos um “laudo” completo de todos os setores da vida, mas iniciamos uma segunda etapa que seria ter uma visão critica, passando para o momento da construção critica de valores, guiando a ação que decidimos tomar.

Segundo Luckesi devemos seguir da seguinte forma: Devemos providenciar um levantamento dos valores impostos. Posterior a isso, devemos questionar criticamente esses valores e seus significados, para depois desconstruir e  reconstruir esses valores, sempre com auxilio teórico e de pensadores.

O autor acentua a que a educação é movida e compreendida através de ações idealizadas pela Filosofia, sendo que a educação torna-se o veículo principal para a divulgação e a promoção do conhecimento filosófico. 

Luckesi, compreende que os valores que direcionam a prática educacional sustenta-se à partir de uma reflexão filosófica.


Entende-se por tanto que o capítulo 1, destaca que precisamos de alguma compreensão valorativa da vida e o ato filosofar é necessário para nos conduzir com significado em nossas ações, principalmente na área educacional.

_______________________________________

Luckesi, Cipriano Carlos.
Filosofia da Educação / Cipriano Carlos Luckesi. – São Paulo :
Cortez, 1994. – (Coleção magistério 2° grau. Série formação do
professor)

Espero que essa pequena síntese possa colaborar com sua pesquisa. 
Esse livro pode ser obtido também em PDF gratuitamente, aproveitem e baixam através do link:

http://www.biblioteca.sumare.edu.br/vinculos/PDF_OBRAS/3307_miolo.pdf

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Síndrome de Tourette



A síndrome de Tourette, também conhecida como síndrome de la Tourette (SGT ou ST), é um distúrbio neuropsiquiátrico que caracteriza-se por múltiplos tiques, motores ou vocais, que perdura por mais de um ano e normalmente instala-se na infância.
Foi primeiramente descrita em 1825, pelo médico francês Jean Marc Gaspard Itard, responsável por diagnosticar a afecção na Marquesa de Diampierre. Contudo, foi apenas em 1884 que esta doença foi denominada síndrome de Gilles de la Tourette, quando o estudando de medicina Gilles de la Tourette publicou um relato da patologia.
O número de casos dessa doença tem sido crescente, sendo provavelmente em consequência da maior disponibilidade de informações e conhecimentos sobre a enfermidade, por parte das equipes de saúde responsáveis por diagnosticá-la.
Normalmente, a síndrome inicia-se durante a infância ou juventude de um indivíduo, ocasionalmente tornando-se crônica. No entanto, habitualmente durante a vida adulta, os sintomas tendem a amenizar.
Na grande maioria dos casos (80%), a manifestação clínica inicial da doença são os tiques motores. Estes englobam piscar, franzir a testa, contrair a musculatura da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos do abdômen ou outros grupos musculares, bem como outros movimentos mais elaborados, como tocar ou bater em objetos que se encontram próximos.
Também  existem os tiques vocais, que abrangem ruídos não articulados, como tossir, fungar ou limpar a garganta e emissão parcial ou total de palavras. Em menos da metade dos casos, observam-se a coprolalia e copropraxia, que é a utilização involuntária de palavras e gestos obscenos, respectivamente; a expressão de insultos, a repetição de um som, palavra ou frase referida por outra pessoa, que recebe o nome de ecolalia.


O diagnóstico é apenas clínico, sendo baseado nos seguintes critérios:
  • Presença de tiques motores múltiplos e um ou mais vocais durante a síndrome, não necessariamente simultaneamente;
  • Ocorrência de tiques diversas vezes ao dia, quase que diariamente, ou intermitentemente, por mais de um ano;
  • Com o passar do tempo, varia a localização anatômica, o número, a frequência, complexidade, tipo e gravidade do tiques;
  • Início na infância ou adolescência (antes dos 18 anos de idade);
  • Inexistência de outras condições médicas que esclareçam os movimentos involuntários e/ou as vocalizações;
  • Testemunho ou registro de tiques motores e/ou vocais.

Não existe cura para essa desordem, mas há controle. Pesquisas têm evidenciado a importância da utilização de uma forma de terapia comportamental cognitiva, chamada de tratamento de reversão de hábitos. Esta se baseia no treinamento dos portadores da síndrome para que monitorem as sensações premonitórias e os tiques, com o objetivo de revidar com uma reação voluntária fisicamente incompatível com o tique.

Alguns fármacos antipsicóticos têm mostrado resultados positivos na diminuição da intensidade dos tiques, quando sua periodicidade se traduz em prejuízo para a autoestima e aceitação social. Em determinados casos, no qual os tiques são bem localizados, pode ser feito o uso da toxina botulínica.

Essas informações retirei de blogs, vídeos, filmes, disponibilizados na internet e conversas com amigos que convivem com a síndrome.

Indico a vocês um filme baseado em fatos reais MARAVILHOSO:
Filme Biográfico: "O primeiro da classe" 

Recusando ser abatido por sua aflição, um sofredor da Síndrome de Tourette, Brad Cohen promete se tornar um professor, superar a ignorância e o medo enquanto luta para que seu sonho se torne realidade.

Link do filme dublado na integra > https://www.youtube.com/watch?v=q6bLLKT1Wv4





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Edna Alves da Silva
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Perspectiva de um novo Currículo - Integração ou Inclusão

De acordo com Maria Teresa Mantoan, percebemos que a Educação Inclusiva não caracteriza-se somente as  crianças que apresentam deficiências físicas ou mentais, mas está sendo discutida amplamente que todas as crianças devem ser incluídas em sala de aula.

A educação utilizada em nossa cultura escolar impõe que todos os alunos aprendam as mesmas coisas e ao mesmo tempo. E é cobrado que seu resultado corresponda ao interesse estabelecido por terceiros e não por sua própria definição ou necessidade individual.

A inclusão seria a meta de uma educação com qualidade para todos, atendendo inclusive a proposta e meta do governo, por tanto o ensinar seria “dar conta” de uma escola que faz com que o individuo aprenda na sua medida e que se desenvolva plenamente segundo sua capacidade, visto que não necessariamente esse aluno apresente uma deficiência com laudos médicos.

Podemos então compreender que o currículo escolar deve conduzir o aluno à experimentar e vivenciar todas as possibilidades de aprendizagem, sem ter que propor “currículos” diferenciados para múltiplas necessidades, uma vez que personalizar a aula individualmente (focando a deficiência ou alguma particularidade e não a pessoa/aluno) motiva a exclusão dentro da inclusão, ou seja, o objetivo inverso.

Para Mantoan, uma boa escola não é aquela que faz um ensino diferenciado, mas sim é aquela que ensina para todos.

Podemos constatar que, para que um currículo atenda as perspectivas dessa educação inclusiva, basta parar de ignorar os documentos e orientações relacionadas a essa politica.

É obrigação do sistema de ensino oferecer, buscar e instalar recursos apropriados, reorganizar o ambiente físico, promover educação continuada aos profissionais, definir bem suas atribuições e principalmente exercer o papel da escola, sendo sempre um desafio, exigindo de todos os envolvidos (estado, gestão escolar, professores, pais e comunidade).


O ambiente escolar é o local que muitas vezes surge um problema de ordem social a ser resolvido, e é na sala de aula que muitos encaminhamentos levam a solução.

Bibliografia

Inclusão escolar : o que é? por quê? como fazer? / Maria Teresa Eglér Mantoan. — São Paulo : Moderna , 2003. — (Coleção cotidiano escolar)

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